Para desbravar todo o potencial do Karate e transformar de fato essa arte marcial em uma prática para a vida toda, influenciando positivamente no nosso caminho, é preciso não se acomodar. É preciso ser estudioso. Entender a cultura por trás da prática, origens, a parte teórica e os mitos que orbitam o Karate. É preciso cultivar o senso crítico.
Dessa forma, compreendemos melhor o que estamos fazendo e porquê. Assim também conseguimos relacionar o Karate com os demais aspectos da nossa vida, sendo que uma coisa contribui com a outra.
Muita gente negligencia estudar a parte cultural e histórica do Karate e com isso não compreende por completo aspectos importantes da arte. Obviamente, Karate é treino constante, de esforço e movimento, mas também é trabalho intelectual. Prova disso está nos próprios mestres precursores da arte em Okinawa, que passavam longe de serem pessoas ignorantes. É preciso considerar isso com seriedade para não correr o risco de insistir em erros, achismos e tornar a prática incompleta.
Outro ponto é que o karateka deve ser estudioso e interessado não apenas Karate, mas também em outras áreas de conhecimento. Nossa arte nos incentiva procurarmos aperfeiçoar o corpo, a mente e o espírito. Por isso, precisamos ler, escrever, ver filmes, consumir arte, ter a mente aberta e procurar entender melhor o mundo ao nosso redor.
Ser karateka é procurar ser uma pessoa melhor em todos os aspectos. Não necessariamente ser o mais culto ou inteligente, mas se inquietar e buscar sua própria evolução pessoal. Essa é uma forma importante da aplicar o “Do” em nossa essência.
“O Karate-Do é definitivamente um caminho marcial, e sua identidade está no ‘Do’ ou princípios. Qualquer arte marcial sem treinamento adequado da mente se transforma em comportamento bestial.” – Shoshin Nagamine